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Foto do escritorKarime Neder

Vinyasa Krama, a criatividade no yoga

Atualizado: 19 de dez. de 2018



O conceito de krama está integrado na prática de Vinyasa Flow Yoga. Além das kramas, a criatividade também é uma característica bem presente, uma vez que o flow visa despertar e liberar o seu próprio fluxo criativo.


Essa conexão se inicia pelo desenvolvimento da sequência. O profissional deve unir a sua criatividade com o conhecimento do corpo e dos movimentos fisiológicos – um conhecimento adquirido não apenas em livros, mas também pela sua própria vivência da prática do Yoga, assim poderá desenvolver sequências fluidas contendo um desenvolvimento de kramas adequado, mas sobretudo uma prática vivenciada, experimentada pelo seu próprio corpo. Neste momento, você poderá passar a sua experiência adiante!


“Quando você tem inteligência e atenção, compartilhe essa atenção e não se aproprie dela, assim você se torna um.”


Patañjali define o asana como uma ” postura firme e confortáve”. Vamos entender o que é  krama e compreender como elas podem nos auxiliar para chegar até essa definição de asana.

O vinyasa krama é a arte de encadeamento dos asanas. A sequência de krama é criada observando cada passo para entrar nos asanas, abrindo espaço para as posturas mais complexas e coordenando cada ação que nos leva ao asana com a respiração e a concentração. Compreendendo a inteligência do corpo, podemos chegar até um ponto da postura que favoreça o nosso fluxo de energia, mantendo a fluidez e a harmonia com a respiração.


A arte da krama é você desfrutar do caminho sem expectativas, quando você coloca a mente na postura final perde a oportunidade de aprender e desenvolver ações que vão facilitar o fim. A palavra krama significa passos, então coloque presença em cada passo para a montagem da postura, desde as posturas facilitadoras até o último passo, e aí esse será o seu presente.


Tentar fazer uma postura sem entender e desfrutar com presença o caminho dela é como fazer uma caminhada pela montanha sem observar toda a paisagem no percurso, sem se maravilhar com todas as formas, cores, cheiros e sons da natureza. Teria alguma graça chegar ao topo de uma montanha sem subir por ela? Ou pior, subindo sem respirar e sem desfrutar de toda a maravilha ao seu redor por ter que se preocupar com a dificuldade física, sem dar cada passo de uma vez?


Muitas vezes é melhor percorrer parte da montanha do que subir até o seu topo desgastando a sua energia. O que vale mesmo é o passeio, é a vivência. E a cada vez que você subir essa montanha você irá chegar um pouquinho mais perto do topo, e o dia que você chegar, ótimo! Chegue com conforto, com energia e estado de presença, e isso só será possível se houver um preparo anterior.


O mesmo acontece com os asanas, que devem servir o nosso fluxo de energia. Quando queremos fazer algo para qual o corpo não está preparado, não respiramos direito e criamos tensões desnecessárias no corpo, bloqueando a sua energia vital.


Portanto, respeite o seu momento. Persevere e pratique que o Yoga acontece!

Fique de olho no próximo artigo, vou demonstrar passo a passo a montagem de uma sequência de Kramas.

Namastê!

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